Não tenha medo, é sempre tempo de recomeçar!

Queridos amigos, esse texto é uma referencia aos últimos acontecimentos de ordem espiritual que tem rondado minha vida.

Há um tempo venho coordenando minhas reuniões espiritualistas, mas de uns dias pra cá venho recebendo um chamado interno para a minha verdadeira vocação espiritual. Ajudar relatando minhas experiências, e com as experiências de quem eu convivo, porém de uma nova perspectiva. Seria como ver a mesma coisa sob um prisma diferente, mais leve, sem julgamentos, e de forma espiritualizada.

Eu achava que meu caminho seria o de coordenar reuniões, auxiliar as pessoas pessoalmente, e quando isso começou a falhar, me senti culpado por não entregar aquilo que eu julgava o certo.

Voltei a psicografar em algumas segundas-feiras, as primeiras tentativas de retomar essa função foram desastrosas, me colocando ainda mais para baixo. Foram se passando as semanas e de forma pacata meus amigos vieram me passando textos de reflexão. Estranho psicografar textos para que você mesmo possa refletir sobre seu caminho, textos que entraram como semente na terra, e germinaram em poucas semanas.

Eu estava decidido! Não coordenaria mais as reuniões e só ficaria responsável pelos textos, o choque foi geral, muitos não entenderam, mas apesar de tudo pude sentir uma paz inebriante que tomava conta do meu ser, não havia mais disputa era simplesmente hora de seguir.

Engraçado que há um ano atrás, houve um ocorrido que só hoje fez sentido pra mim. Durante uma das reuniões, nos últimos minutos meu mentor veio e me destituiu do cargo de dirigente, pedindo para eu treinar outra pessoa, para assumir o meu lugar.

 Não vou negar que fiquei muito chateado na hora e por várias semanas, pensava constantemente: “a espiritualidade não tem tempo para perder, se eu estou sendo desligado do trabalho é por que algo vai acontecer”.

 É uma tendência nossa pensar sempre em algo negativo, eu rapidamente fui tomado pelo pensamento de que eu iria morrer (chega ser até engraçado ler isso hoje), e por isso eles precisariam de outro em meu lugar, esse pensamento me perseguiu por muito tempo.

Até ser substituído por outro! Eu pensava: “aaah… entendi, é por que agora vou começar a viajar muito, por conta da profissão e não conseguirei conciliar”. Estava enganado, a reposta viria somente agora. 

Era hora de eu voltar ao meu caminho, hoje tenho essa maturidade para entender e enfrentar os desdobramentos de minhas escolhas. Me sinto mais forte, mais calmo, mais consciente, e preparado. Gratidão a Deus pelas coisas serem no Seu Tempo e não no meu.

Como todo processo de reencontro com nossa missão, devemos passar por algumas etapas. A primeira etapa: desconstrução, talvez a mais penosa e difícil, pois a percebemos quando fazemos nossas tarefas e tudo parece ir contra a correnteza da vida, sentimos que erramos mais do que acertamos. Nessa fase a persistência em manter o mesmo padrão começa a nos causar dor, algumas vezes é necessário, pois nosso ego não nos permite reconhecer que talvez tenhamos errado em algumas decisões.  A permanecia no erro nos é avisada pela dor e ausência de paz no coração. Mas Deus, em sua infinita bondade, permite que a cada minuto possamos fazer a retomada de nosso caminho.

A próxima etapa se refere a: reconstrução desse caminho. Ele é árduo e depende muito da nossa humildade em reconhecer erros que muitas vezes nos foram impostos por outros ou até pela sociedade. A nossa felicidade depende apenas de nós, a seu tempo e sua forma. Nessa reconstrução muitas vezes é preciso que visitemos a nossa essência esquecida e lembremos dos alicerces de nossa construção interna.

Aquela dúvida que tu carregas no seu entorno encontra resposta no seu âmago. Tu tens a resposta que tanto desejas. Mas eu sei minha filha, dói demais olhar para dentro e ver quantas coisas perdemos por escutar os outros. Mas não te abales. É sempre tempo de recomeçar. Recomeças de onde tu estas e com o que tens. Deus não desampara nunca! Começa hoje tua marcha de volta a ti mesmo. E Deus colocará os anjos, ou mentores em teu caminho.

É nessa fase que me encontro hoje aqui escrevendo para vocês.

Desci achando que meu caminho era um, e quando ficou insustentável permanecer lá, dei meu primeiro passo para o reencontro de mim mesmo. E olha só qual não foi minha surpresa, encontrei meus velhos amigos e companheiros me aguardando de braços abertos e ansiosos para retomar o trabalho. Sem julgamentos ou repreensões.

Afinal, quem de nós encarnados ou desencarnados podemos nos erguer e dizer: “eu transitei por esse mundo e não errei”.

Começar hoje é melhor do que amanhã. Pensais sempre: “é aqui que devo estar? Se todos dizem que é certo por que o vazio ainda assola meu peito?”. Já era dito há tempos “Ajuda-te e o Céu te ajudará”.

Fica aqui essa reflexão que já rondou meu caminho muitas vezes:

Só o amor liberta. Só o amor tranquiliza e trás paz.


Que Deus Abençoe a todos, e que vocês se sintam confortados. Tudo é importante! A dificuldade amadurece a carne, e forja o espírito para receber a luz que resplandece o amor.

Gratidão.

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Exercício para limpeza e organização da energia pela ordenação consciente dos Chakras.

Olá pessoal, faz muito tempo que não apareço por aqui e converso com vocês pelos meus textos. Esse período em que estive recolhido e me dedicando a outras atividades foram de extrema importância para meu amadurecimento. Tanto material como espiritual. Durante todos esses dias em nenhum momento parei com minhas reuniões, ou me afastei da espiritualidade. Mas precisei parar de compartilhar minhas experiências pois, muitas coisas estavam em transição. Após ter conquistado muitas coisas que eu queria senti falta dessa troca que tinha com vocês. E como na famosa parábola de Cristo “o bom filho a casa torna”, aqui estou para essa nova etapa com vocês, vi e aprendi muita coisa nesse tempo, aprendi a ter empatia com diversos irmãos de caminhada e adquiri experiências que nem imaginava, e vou compartilhar várias com vocês por aqui. Gratidão por todo carinho e mensagens de incentivo que recebi ao longo desses anos.

Bom, vamos lá…

Nada melhor para um recomeço que limpar a casa, aquela morada que nasce conosco e nos acompanha até o último suspiro… nosso corpo.

Esse exercício veio para mim durante uma das reuniões que participo as segundas-feiras.

Eram 20:00h e assim que terminamos o Pai-Nosso e a nossa costumeira abertura, a espiritualidade mostrou, e através da clarividência pude perceber o quanto eu e os demais participantes estávamos com a nossa energia desregulada. O que impedia um contato melhor com nossos amigos espirituais e desencadeava outras situações, como ansiedade, tristeza e desinteresse.

O mentor que estava no dia, explicou que com a nossa vida moderna, onde somos bombardeados por diversas situações, na vida virtual e na própria matéria, nos entregamos demais às emoções que muitas vezes são nocivas. Quando sentimos raiva, desprezo, inveja, e outras emoções baixas, bombardeamos os nossos centros energéticos, os Chakras, com essa energia, o que faz com que eles girem de forma desordenada e enviem esse tipo de energia ao restante do nosso corpo astral, que posteriormente nosso corpo físico absorve.

Ele passou um exercício simples, mas eficaz para que possamos transmutar e receber energias salutares para nosso corpo astral e físico. Descrevo esse processo abaixo, após a prática todos nós nos sentimos muito mais leves, felizes e gratos por essa existência. Uma sensação de plenitude e autoconhecimento.

Esse exercício pode ser feito quantas vezes forem necessárias. As primeiras vezes pode demorar um pouco, pois também é um processo de concentração e de conhecer as próprias sensações do corpo e energia, mas com a prática contínua, ele vai transmutando nossa energia de forma rápida. Afinal a prática agiliza qualquer processo, não é?!

  1. Encontre um lugar onde você fique à vontade e possa se concentrar.
  2. Inspire fundo, segure o ar nos pulmões por alguns segundos, sinta seus batimentos cardíacos, e espire metalizando uma fumaça escura saindo do seu corpo, como se toda a negatividade que nós mesmos trouxemos para ele, pelo nosso padrão de pensamento, estivesse saindo e deixando nosso corpo limpo. Repita esse processo de 3 a 5 vezes.
  3. Após termos organizado nossa respiração e tranquilizado o corpo e a mente, vamos começar a nos conectar com a fonte criadora, aqui cada um imagina a divindade em qual acredita, essa não é uma prática que se limita a uma religião específica, todos aqueles que se amam e desejam melhorar podem faze-la.
  4. Visualize um raio de luz branca vindo do universo, de Deus, da fonte criadora de tudo, esse feixe de luz se conecta ao topo da sua cabeça. Sinta o topo da sua cabeça pulsar e sinta a gratidão por estar vivo, sinta o presente que é a vida que você está vivendo, se permita aflorar boas lembranças, e agradeça.
  5. Permita que esse feixe de luz branca preencha todo seu crânio de luz, e essa luz que faz parte da sua essência divina saia pelos seu Chakras. Visualize saindo pelo centro da sua testa e pelas têmporas, aliviando a pressão e reorganizando seus pensamentos.
  6. Permita que esse feixe de luz branca desça até sua garganta, e mentalize essa luz saindo e organizando toda sua fala. Mentalize “minhas palavras constroem meu presente e edificam meu futuro”.
  7. Permita que esse feixe de luz desça até o meio do seu peito, sinta ele preenchendo todo seu tórax, mentalize a luz jorrando para fora do seu coração, lembrando amor e perdão a todos aqueles seres que cruzaram, e irão cruzar seu caminho. Sinta o amor do criador te apoiando nessa jornada e compartilhe isso.
  8. Permita que esse feixe de luz branca desça até sua barriga, preencha seu abdômen de luz e mentalize uma luz branca saindo pelo umbigo enquanto pensa nas palavras: “eu não preciso sentir medo, nem raiva, todos estão trilhando seu próprio caminho, seguimos nos amando e respeitando”.
  9. Permita que esse feixe de luz desça até a sua região pélvica preencha essa região com luz, e coloque essa luz para correr por toda sua perna articulações, saindo por baixo dos seus pés, se conectando ao centro da terra. Sinta-se um ser conectado ao planeta, sinta-se parte dele, sinta-se sendo nutrido por ele. Essa energia é a energia da criação, energia divina que materializa seus desejos, torne-se consciente disso e da relevância que essa energia tem para sua vida. Mentalize: “eu sou a fonte criadora da minha realidade, compartilho ela de forma amorosa e responsável respeitando a mim e aos outros”
  10. Respire profundamente e agradeça a experiência. Há bondade em todos os lugares, mesmo que ainda não consigamos ver.

Pronto, veja como se sente, após praticar várias vezes esse processo, se torna automático na prática do bem-estar permitindo que toda energia possa fluir de forma ordenada no seu corpo de forma consciente, até que possamos administrar os pensamentos principalmente em situações que não temos controle.

Gratidão a todos por dedicarem um tempo da vida de vocês para lerem meus textos.

Que Deus abençoe a todos, sempre!

Gratidão,
Balta

Uma Experiência fora do Corpo

piramide-blog

Fazia algum tempo que não escrevia. A correria do dia a dia atrapalhou minha rotina.  Tentava buscar um tema relevante para escrever, mas não me vinha nada, foi então que depois de ir tomar um passe na FEESP (Federação Espírita do Estado de São Paulo), meus amigos espirituais me lembraram da minha primeira experiência fora do corpo, que só hoje após quase 20 anos, pude refletir calmamente e repassar para vocês…

Aos meus 21 anos a minha mediunidade já estava em pleno vapor, mas eu não tinha o mínimo conhecimento para que eu pudesse administrar essa condição em minha vida. Todas as soluções que me eram apresentadas eram demoradas e requeria muito esforço, estudos e mais estudos, disciplina e persistência. Eu, como a maioria dos jovens buscava soluções rápidas, achando que fazer um tratamento ou ir em um centro já era o suficiente.

Lembro que nessa época eu tinha muitos hábitos pouco salutares. E como todos sabem péssimos hábitos mais mediunidade nunca dão bons resultados, vivia cansado, dormia mal, sempre estressado. Não frequentava nenhum lugar especifico, mas de vez ou outra lia alguns textos espirituais e fazia algumas práticas de bio energia.

Certa noite com muita dificuldade para dormir, decidi rezar e pedir auxílio, uma iluminação, um caminho que eu pudesse seguir.

Não me lembro bem como se passaram os próximos minutos, mas me senti puxado para fora do corpo, e num piscar de olhos me vi em um lugar maravilhoso. Na verdade tão diferente e bonito que mesmo após muitos anos e muitas saídas a lembrança desse lugar permanece viva em minha mente.

Era uma pirâmide enorme, formada por uma  junção de metal e cristal. Brilhava intensamente como um prisma, parecia flutuar sobre as nuvens. Meu corpo se sentia atraído e era como soubesse o caminho a seguir. Conforme me aproximava notei que ao centro da pirâmide havia uma espécie de palco com duas rampas de acesso, no centro do palco dois espíritos que recebiam as pessoas formavam uma fila na frente da primeira rampa. Eu sabia que deveria entrar fila e que passaria por um tratamento.

Conforme me aproximava, percebi que a pirâmide era dividida internamente por andares com espécies de prateleiras, nesses espaços se encontravam diversos espíritos que ficavam observando e doando energia para o que acontecia no centro do palco. Era com certeza a visão mais surpreendente que tinha visto desde então. Observava com atenção, parecia que eles estavam aprendendo também, como aquelas salas de cirurgia nos hospitais onde os residentes assistem os médicos operarem. Haviam tanto desencarnados como encarnados, que provavelmente trabalhavam nos centros espiritas e reuniões mediúnicas espalhadas pelo globo. Mal tive tempo de admirar tudo quando chegou a minha vez de subir ao palco, e receber o atendimento espiritual extra físico, lembro-me de pensar: ”nossa até fora do corpo tem atendimento”, e pelo tamanho da fila percebi que haviam centenas que também estavam na mesma situação. Percebi que na fila alguns espíritos desdobrados estavam conscientes e outros ainda saiam do corpo sem consciência, iam para lá durante o sono e depois retornavam aos seus corpos, acordando de manhã como se nada tivesse acontecido, ou apenas uma vaga lembrança e uma sensação boa.

– Pode vir… Alguém me chama e me tira da minha reflexão.

Ao me virar um senhor sorridente me convidava a me posicionar ao centro do palco.

– Venha aqui no centro, não vai demorar, dizia ele.

Quando cheguei ele comentou com uma moça que o acompanhava:

-Pronto agora é só encaminhar, e você meu rapaz pode descer pela outra rampa, já terminou.

Quando me virei para perguntar o que precisaria fazer, tomei um susto! Meu corpo paralisou, minhas mãos gelaram meus olhos não acreditavam no que viam.

Havia uma espécie de cadáver em decomposição, uma caveira presa em uma barreira energética que se debatia freneticamente. Quando nossos olhares se cruzaram ela começou a gritar, agoniada, esticava os braços em minha direção, berrava. Eu fiquei estático sem saber o que fazer.

O senhor me explicou que aquela criatura estava conectada a mim, pelo meu padrão de pensamento, que seria encaminhada para tratamento e eu deveria deixar o local. Conforme eu caminhava e me afastava, aqueles gritos de desespero iam tomando conta de mim. Comecei a sentir toda aquela agonia, fazendo parte de mim, foi quando tomei uma atitude por conta de não ter muita experiência que hoje não tomaria.

Retornei ao palco e pedi que soltassem a criatura, e que permitissem que ela voltasse a se conectar comigo. Sei que lendo parece uma loucura, mas eu sentia a mesma dor que a criatura. Era mais forte do que eu, não poderia abandonar uma criatura que estava sofrendo. Queria que aquele sofrimento parasse a todo custo. A moça do palco tentou argumentar, mas o senhor a tocou no ombro e disse:

– Deixe ir minha filha.

A criatura se conectou comigo e voltei ao meu corpo, algum tempo depois estudando o evangelho e participando de tratamentos na Federação essa criatura foi encaminhada e nós dois recebemos os tratamento que precisávamos. Hoje sei que criei um vínculo emocional com a criatura. Senti pena, asco e esses sentimentos criaram uma conexão, que fez com que eu sentisse o mesmo que ela sentia voltando a ter aquela simbiose.

Uma das Leis de Deus é o livre arbítrio, mesmo querendo me auxiliar os espíritos não poderiam interferir na minha escolha. Sai de lá com a criatura e hoje com a explicação e ensinamento.

Quando me foi passado escrever essa história, eu tive que conversar com meus amigos espirituais o porquê escrevê-la após 20 anos. Eu cheguei a essa conclusão:

Tanto na vida extra física como na material, encontramos pessoas e espíritos que tentam nos ajudar, se esforçam para abrandar os tormentos que nós mesmos nos imputamos. A maioria de nós busca ajuda e quando precisamos revirar nossas vidas, e ter consciência que somos os responsáveis pelas nossas mazelas, repudiamos a ajuda e seguimos em frente, a busca de um milagre, de uma ajuda que nos mantenham na nossa zona de conforto. A espiritualidade que é branda e pacífica, nos permite seguirmos sem ofensas e agressões, pois sabe que todos tem o seu tempo, o progresso e evolução continua é uma Lei natural de Deus e não importa o tempo que leve, todos iremos evoluir.

Às vezes ficamos chateados quando tentamos ajudar e as pessoas ignoram, fazem piada e seguem falando mal. É o fluxo da vida, quem ama também deixa ir, às vezes o nosso trabalho é apenas colocar a semente que outro fará germinar.

Que todos nós tenhamos fé e oremos para que possamos perceber quando esses anjos encarnados e desencarnados surgirem em nossas vidas para aliviar os nossos fardos, pois hoje não há ninguém que não precise de auxílio. Eu sempre procuro aprender e agradecer por cada criatura que cruza meu caminho, sem ligar para aparência e classe social. Estejamos sempre abertos e confiantes.

Gratidão a Deus ao universo e a vocês por mais essa oportunidade.

IMPLANTES ESPIRITUAIS POSITIVOS – De Encarnado para Encarnado.

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Dia: 17 de Julho de 2014

horário: 16h00

Local: Acompanhando uma sessão de terapia – desdobrado. São Paulo – SP.

 

Luiza é uma amiga muito querida que de forma despretensiosa me ensina muito durante nossas conversas. Gratidão sempre.

Ela, já nos seus 43 anos de experiências bem vividas, casada, mãe de duas Princesas lindas, frequenta quinzenalmente seu terapeuta para resolver algumas questões internas como uma agressividade latente e dificuldade em enxergar os próprios defeitos, mas com olhos de águia para ver os erros dos outros, dificuldades para escutar e outras mais.

Sempre que conversamos sobre espiritualidade ela completa com acontecimentos e colocações do seu terapeuta, e me fala: “Balta, isso que esta me dizendo é o que falamos na terapia…”.

Os meses foram passando e nossas conversas ficando frequentes. Na terapia ela falava de mim para o médico, e nas nossas conversas sobre o terapeuta e suas colocações, minha visão e conceito a respeito de terapia foram se ampliando de forma esclarecedora.

Costumo utilizar uma frase para reflexão em meus momentos de dúvida – Deus não destrói a própria obra, quem a destrói é o homem – Logo se espíritas, espiritualistas, médiuns, terapeutas, médicos caminham para o bem das pessoas cedo ou tarde iriam encontrar pontos de convergência e poderiam seguir um caminho único para o bem-estar físico, mental e espiritual.

A nossa curiosidade e respeitos mútuos foram crescendo durante esses meses, até que surgiu o interesse em eu conhecer o terapeuta de Luiza. Como minha agenda estava lotada de compromissos não consegui encaixar esse encontro, o que me deixou um pouco triste pois seria uma forma imensa de aprender.

Estava no escritório e um cliente desmarcou a reunião em cima da hora, justo quando Luiza teria sua sessão, nesse momento apareceu um espírito e me convidou para participar da consulta terapêutica em desdobramento. Eu fiquei maravilhado com o convite e perguntei para o Espírito se não teríamos problemas por falta de respeito, ele disse que não pois havia permissão do Eu superior de ambos: o terapeuta e Luiza.

Desliguei os telefones e me deitei no sofá da sala de reunião, me posicionando para o desdobramento. Rápido como um pensamento, já estávamos sobrevoando a sala da terapia visualizando a toda a consulta de cima quando o Espírito me chamou a atenção:

– Perceba o que vai acontecer durante esse atendimento.

Conforme o terapeuta ia conversando com Luiza, saia de sua boca uma fumaça luminosa branca-dourada, essa fumaça entrava em contato com o períspirito de Luiza na região da cabeça. Fiquei impressionado com o que via, ia falar algo quando o Espírito me disse:

– Preste atenção no crânio dela.

Quando foquei minha atenção, pude perceber seu cérebro em funcionamento. As sinapses, as luzes que apareciam na cabeça que mudavam conforme Luiza falava.

Foi quando algo incrível aconteceu, Luiza relatava algo que a havia lhe tirado do prumo naquela semana, e os impulsos cerebrais se intensificaram em determinada região do cérebro e causaram uma reação em todo o seu corpo físico e espiritual.

Perguntei ao Espírito:

– É isso que acontece ao nosso físico e espiritual quando ficamos com raiva?

E ele sinalizou:

– Silêncio! Preste atenção que não acabou.

Foi quando olhei mais atentamente para o cérebro e vi que enquanto o terapeuta falava, aquela fumaça-gel ia moldando uns neurotransmissores no cérebro de Luiza que modificavam os impulsos cerebrais e deixando-a mais calma.

O Espírito comentou após presenciarmos esse acontecimento:

– Reparou como agora ela pode falar sobre o assunto e os impulsos mudam o caminho. Ela não sente mais raiva e nem afeta outras partes do físico.

– Sim, achei fantástico, não achei que isso era possível. Eu disse ainda assustado.

– Esse são implantes que são colocados para auxiliar. O magnetizador que é o terapeuta, molda o seu ectoplasma com o ectoplasma da pessoa atendida, e molda um dispositivo que auxilia nos impulsos cerebrais. Esses dispositivos são plasmados em matéria orgânica e possuem uma duração limitada, pois logo começam a se desfazer, mas são de extrema importância mesmo depois de se desfazerem. Intuitivamente a pessoa ajudada busca gerar ela mesma essa situação de conforto, que conseguiu com a ajuda do magnetizador.

– Fantástico, não sabia que isso era possível. Isso não pode ser nocivo também se a pessoa não for de boa índole?

– Exatamente! Para um implante ser colocado é preciso que haja sintonia entre os espíritos que vibrem na mesma frequência, isso se deu, pois, a assistida confia no magnetizador. Essa confiança gerou essa conexão entre eles. Mas se por algum motivo após ele ter essa confiança e quisesse colocar implantes negativos também seriam possíveis.

O Espírito continuou:

– Vemos, vários magnetizadores que de forma inconsciente ou consciente, colocam implantes dessa forma, para obter benefícios como sexo ou outras situações com seus assistidos. Por isso as leituras edificantes são importantes para que a moral do Cristo esteja presente na vida de todos que se propõe a ajudar independente da esfera que atuem. Percebeu como a assistida ficou vulnerável ao magnetizador? Felizmente foi extremamente importante esse processo para ela, graças a proposta do magnetizador em auxiliar.

Fiquei muito agradecido com a explicação do Espírito, voltamos para meu escritório e nunca mais o vi. Seus ensinamentos foram de grande auxílio e até hoje me fazem refletir.

Contei o ocorrido para Luiza e ela ficou muito feliz. O terapeuta soube por ela e disse que tudo tinha uma lógica embora ainda não concorde da forma como a situação ocorreu… rs. O importante é o respeito e todos auxiliarem na esfera a que foram chamados a atuar.

Estudar e adquirir conhecimentos edificantes sempre e principalmente para aqueles que pretendem ajudar ao próximo constantemente.

Gratidão pela oportunidade de compartilhar.

Obsessores – 01 – De Opositor a Amigo e Mentor.

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Durante a reunião realizada em  10 de Maio de 2018, surgiu o assunto sobre Obsessores, que eu particularmente prefiro chamar de Opositores.

Durante minha caminhada na espiritualidade, sempre tive contato com Opositores em praticamente 90% das reuniões que participo. E muitas das situações que vivi, acredito que sejam de grande auxílio para aqueles que de alguma forma entram em contato com esses irmãos que ainda se comprazem de sentimentos dolorosos, da mesma forma que muitos encarnados também. Publicarei algumas dessas experiências em textos. Sempre com respeito a espiritualidade e a individualidade de cada Espírito aqui mencionado. Quero deixar claro que essa é a “minha visão”, que foi construída no que pude observar e fazer durante longos anos de trabalho com nossos amigos.

Dia: Em um Sábado de Junho de 2015

Horário: 09:00 – São Paulo-SP

Local: Reunião Espírita na Casa de uma Amiga (Maria)

A reunião seguia normalmente os atendimentos das pessoas. Quando de repente senti uma energia estranha, pesada, quase sufocante no meu campo energético.

Nesse instante perguntei a Maria se ela percebera algo, já que não estava conseguindo perceber nada pela clarividência.

Ela pediu para eu fazer contato com a criatura que se aproximava, uma situação que ocorre quando eu “incorporo um espírito” é que dividimos a mente e os sentidos, ele sabe o que eu penso, e eu o que ele pensa, bem como a nossa visão compartilhada. Eu enxergo o que ele enxerga, o que muitas vezes chega a ser divertido. Pois quando a Criatura não se mostra visível para mim, por esse contato mais físico posso olhar para meu corpo, mãos e pés para identificar quem esta fazendo contato. Já me vi de terno branco, com patas de cabrito mãos distorcidas, e por aí vai.

Nesse contato em particular eu olhava para baixo e me via com sandálias e caneleiras romanas, como se eu fosse um centurião. Os sentimentos de ódio, rancor e vingança entravam em contato comigo. E o espirito me ameaçava:

“Eu te encontrei…”

“Você vai morrer…”

“Você me pertence…”

A Maria percebendo tudo isso, pediu para a espiritualidade conter o espírito até o termino da reunião, pois assim que todos saíssem, iriamos conversar. O Espirito Opositor aceitou e aguardou o termino da reunião.

Nota do Autor: Muita gente não aconselha a falar com Opositores sozinhos em casa. Eu respeito essa decisão e na grande maioria das vezes eu apoio. Porém, como eu posso observar o que acontece numa situação dessas, nesse caso não teve problema. Sempre confiar e acreditar em DEUS. Há sempre 3 mentores no mínimo ao lado do opositor, e sempre contem os impulsos deles com descargas energéticas, se ele esta muito violento eles o algemam, por isso muitos ficam com a mão para trás. Já tiveram casos de o espírito quebrar tudo e ninguém conseguir segurar.  Nestes casos, quem recebe o espírito entra em um estado de histeria e começa a dar vazão a seus próprios sentimentos perturbados.

Após o termino da reunião, Maria pediu para que eu e mais o médium Otávio ficássemos na sala enquanto os demais iam embora.

A criatura já se mostrava impaciente para se manifestar enquanto fazíamos uma prece para auxílio da espiritualidade maior em mais esse atendimento.

Nós três nos preparamos e a criatura se manifestou em mim, estava muito mais revoltada, dessa vez aparecia coberta de sangue, penas e uma cabeça de bode em uma das mãos. Tentava assustar com palavrões e ameaças.

Fui deixando ele gastar um pouco de energia enquanto contia os impulsos mais agressivos. Após alguns minutos ele se acalmou, e começamos a conversar.

Ele dizia que eu pertencia a ele, e que me mataria, para me aprisionar, que eu deveria pagar pelo que tinha feito.

Após muita conversa fizemos a proposta dele vir as reuniões de sábado para aprender e auxiliar, já que ele conhecia bem as trevas poderia ser de grande auxílio.

Nessa hora, foi o único momento, em que senti algo de bom em seu coração, nunca alguém o havia convidado para auxiliar, todos sempre o repudiavam e agrediam.

Após esse sentimento que claramente o incomodou ele se retirou rindo, e dizendo:

“Ajudar vocês? Nunca… Hahahaha”

Semana seguinte no sábado durante a reunião pude perceber ele ao longe observando, estava mais tranquilo, mas nos olhava com desdém. Ao termino da reunião fizemos mais um contato, e embora menos agressivo, se divertia dizendo que nosso trabalho era ridículo e nunca auxiliaria. Sempre mantivemos o coração aberto, mas uma postura firme… “O convite foi feito, mas se não quiser, não venha atrapalhar!” Nessa hora os mentores sempre se aproximavam e ele ia embora.

Todos os processos de auxílio são validos, mas nunca esqueçamos que não estamos sozinhos, e não somos abandonados aos arruaceiros, se a reunião é séria.

Meses se passaram e a situação se repetia, mas a cada reencontro a energia dele ia melhorando, mas ainda era uma criatura muito agressiva e de temperamento forte.

Até que certo sábado ele não apareceu, e foi assim por diversas reuniões, fomos tomados de especulações sobre o destino do nosso amigo, será que ele desistiu de se vingar? Será que voltou para as trevas? Não importava, sabíamos que fizemos o melhor que estava ao nosso alcance no momento, e que Deus se encarregaria desse nosso irmão.

Meses depois nessa mesma reunião de sábado, se apresentou um espírito, era um pescador, morava na beira da praia com um mangue. Trazia consigo uma cesta repleta de carangueijos, nos dizendo:

– Vocês não me reconhecem, não é? Rs

Titubeamos um pouco, mas logo nos demos conta de que era o espírito raivoso que havia desaparecido.

Ele se apresentava para o trabalho, ainda estava em observação de mentores superiores, mas foi colocado na praia para que em contato com a natureza pudesse ir se refazendo e modificando seu períspirito. Ainda meio inseguro, e apreensivo começou a nos ajudar.

Ele trabalhava muito bem limpando os miasmas e formas pensamentos que se acumulavam ao redor das pessoas assistidas. Ele colocava sobre elas todos aqueles caranguejos que iam devorando aquela gosma preta, que geramos pelos nossos pensamentos inferiores.

Até hoje esse amigo se apresenta para trabalhar comigo, ainda nos estranhamos um pouco, mas já esta bem melhor, sem ódio sem rancor. Deus como sempre une as peças de um quebra cabeça mesmo quando tudo parece perdido, ou fora da nossa compreensão.

Amar sempre, na medida do nosso possível perdoar e seguir em frente, confiando mesmo sem entender… isso é Fé.

E nessas “coincidências” divinas, o tema que caiu aleatoriamente para mim foi …

“Embainha tua espada…” — JESUS (João, 18.11) Fonte viva — Emmanuel

Gratidão Sempre

A Evolução dos Trabalhos Espirituais

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Gratidão pela oportunidade de compartilhar, perdão pela interferência.

Ultimamente tenho refletido bastante sobre o caminho que os trabalhos espirituais que eu faço têm tomado.

Tudo está em constante transformação, em constante evolução e com meu trabalho não seria diferente.  Aprendo, modifico melhoro e reflito após cada atendimento, cada contato com uma pessoa nova. A gratidão que sinto após cada conversa e encaminhamento é enorme, pois sinto florescer a semente da evolução.

Quinta-feira passada ocorreu uma situação engraçada que traduz essa nova realidade.

Durante a reunião espírita que era coordenada por um grande amigo meu, ele pediu que eu incorporasse e atendesse as pessoas com a entidade que trabalha comigo. Faz muito tempo que não trabalho desta forma, pois hoje prefiro conversar com eles sem a necessidade da incorporação. Repasso as imagens e mensagens que a espiritualidade passa ao consulente e com isso aprendo junto, já que durante a incorporação a minha mente fica embaralhada com a mente do espírito, depois fica difícil lembrar tudo em detalhes.

Voltando a reunião, quando estávamos nos preparando para incorporar Meu Mentor apareceu ao meu lado, ele estava bem arrumado e dava risada.

Eu perguntei por que ele ria, e ele dizia: “seu amigo aprontou para você, mas será bom ver você trabalhando assim de novo”.

Eu disse: “Mas você vai trabalhar comigo“

Ele: “Sim, mas ao seu lado. Eu não preciso mais incorporar para trabalhar, podemos trabalhar de outra forma, mas estarei do seu lado observando”.

Realmente Meu Mentor não veio, vieram três diferentes espíritos que estavam disponíveis e fizeram um excelente trabalho.

Fiquei pensando no Meu Mentor quando começamos a trabalhar juntos há cinco anos, reclamava que eu queria trabalhar apenas com percepção e ele com incorporação.  Hoje ele não precisa mais da incorporação para trabalhar, trabalhamos lado a lado como amigos.

Essa situação me fez pensar em todos os atendimentos que feitos ao longo dos anos e como eles estavam mudando.

A grande maioria busca milagres, situações maravilhosas, buscando por adivinhações, soluções com o mínimo de esforço. Vi melhoras temporárias e soluções paliativas.

Hoje meu trabalho se dedica exclusivamente ao aprimoramento da essência da pessoa. Não me preocupo mais com busca das pessoas por dinheiro, trabalho, amores ou se algum ente querido ainda se encontra no umbral, etc… Meu foco concentra-se em mudar o íntimo de quem procura por ajuda, consequentemente isto também ajuda a me melhorar como humano. Se continuarmos a trabalhar as extremidades do problema sempre será paliativo e este não é o objetivo do nosso trabalho.

De que adianta arrumar a energia para conseguir um emprego se emocionalmente não conseguiremos administrar o mesmo, isto também vale para um relacionamento amoroso.

Diferente de quando preparamos a terra para receber a semente, e com a terra bem preparada ou pelo menos o melhor que conseguimos no momento, fica mais fácil o florescer da colheita.

Arar a terra, adubar e deixá-la pronta requer muito laboro externo e interno: colocar em prática boas ações e pensamentos, administrar a ansiedade, a dificuldade o pensamento negativo e as decepções.

Precisamos sair da nossa zona de conforto, adquirir conhecimentos salutares a nossa saúde mental, material, emocional e espiritual.

A espiritualidade não é uma máquina de refrigerante que depositamos uma prece e sai um milagre.

A espiritualidade age de acordo como nossos professores que nos acompanham desde os primeiros anos de escola, nos ensinando, incentivando e mostrando o caminho, mas nós é que devemos trilhar essa jornada, que começa hoje, agora e transcende a vida material que conhecemos.

Vamos estudar, nos conhecer e fazer realmente a poupança que nos trará os benefícios imaginados.

Gratidão pela oportunidade.

**** AVISO ****

Amigos e Amigas,

Desculpe pela ausência, algumas coisas estão mudando em minha vida, e não me senti em condições de escrever esses meses. Acredito que toda minha energia deve estar contida nos textos para que possa ser de auxílio. A partir de hoje volto a dividir minhas experiências, e a aprender continuamente com o conhecimento de vocês.

O e-mail de contato para dúvidas ou compartilhar sua experiência é: caminhaeespiritual@gmail.com (É com dois ee mesmo…rs)

Gratidão.

MEDIUNIDADE, NEM TUDO É COMO PARECE. (Parte 1)

mae-net

Olá, em primeiro lugar gostaria muito de agradecer os e-mails e mensagens que tenho recebido em relação aos textos. Sempre foi minha proposta mostrar essa parte “Invisível” que se passa durante os diversos tipos de reuniões e atendimentos que tive a oportunidade de participar, a fim de auxiliar, dar conhecimento e mesmo criar uma situação de reflexão onde todos possam ganhar e evoluir como Seres Universais.

Dentre os e-mails muito me perguntam e questionam os pontos positivos e negativos de se perceber os espíritos, no meu caso por meio da clarividência. O que possibilita enxergar pela visão astral (terceira visão) situações, eventos, objetos e também os mentores, parentes, amigos e opositores (Prefiro chamar de opositores a obsessores, mas isso fica a critério de cada um).

Nesse texto vou me ater apenas ao tema “Parentes Desencarnados” e como foi e é minha experiência e convívio com eles.

Quando minha mãe desencarnou em 2001 devido a uma metástase de um câncer de pulmão, (embora nunca tivesse fumado sempre guardou muita mágoa na vida e como já vimos em textos anteriores à mágoa sempre ataca energética e fisicamente os pulmões).

Eu fiquei muito apreensivo e ansioso em poder vê-la. Naquela época eu não tinha tanta maturidade espiritual, então só consegui percebe-la 1 ano depois do seu desencarne.

Ela vestia uma roupa preta, estava bem triste e ainda careca, mantinha o mesmo corpo astral de quando ainda estava com a doença. Falava pouco e chorava muito, quase não se comunicava.

Em 2003 comecei a me encontrar com ela fora do corpo. Ela já estava melhor, os cabelos haviam crescido, já era minha mãe, mas ainda estava muito presa emocionalmente, afobada e acelerada para falar. Como o tempo era curto e na cabeça dela tinha muita coisa para ser expresso acabava atropelando as frases. Na condição extrafísica comunicamo-nos pelo pensamento e não pela fala. Tudo era novo para ela, nem conseguia volitar entre os planos, eu precisava esperar o Aerobus que traziam as pessoas para poder falar com ela. (Aerobus é um veículo espiritual, que serve para o transporte de espíritos, apareceu a primeira vez no livro “Nosso Lar”, de autoria de André Luiz e psicografado por Chico Xavier)

Em 2005 foi a primeira vez que ela tentou me ajudar, na época eu não estava conversando com meu pai (Sim! Médiuns também têm problemas. Parentes difíceis, colegas de trabalho de difícil trato, etc…). A espiritualidade na época nos aconselhou esperar um pouco, pois estávamos amadurecendo nossas emoções. Meu pai é materialista e minha mãe sempre foi espiritualista, digamos que cresci em meio a um cabo de guerra e tive que me adaptar.

Eu só percebi que este encontro entre nós não daria certo quando já estava no avião indo visitar meu pai (Ele mora em Porto Alegre). Como suspeitei o encontro foi um desastre, fomos mexer em feridas abertas e nenhum dos dois estavam prontos para o que resultou da conversa. Minha mãe que assistia tudo ficou decepcionada comigo, pois ela também estava ligada ao nosso emocional.

Lembro até hoje da cena: minha mãe no canto da sala com dois mentores e no outro canto dois opositores instigando a briga entre eu e meu pai. Eu, meninão de tudo, e meu pai também imaturo, optamos pelo caminho mais fácil, seguir os instintos e falar sem pensar.

Hoje meu pai e eu nos damos super bem, e damos risadas dessa história, ele mais do que eu, pois acredita que ver espíritos é coisa da minha cabeça, então a diversão é dobrada para ele.

Após essa data minha mãe sumiu de vez, aparecia nas reuniões em que eu trabalhava mas não se fazia visível para mim. Fui trabalhando essa situação e em 2010 ela começou a me visitar no meu aniversário, aí que começa uma das maiores lições do espiritismo, que todos conhecem na teoria, mas poucos na prática.

Tudo evolui, tudo está em constante transformação.

Ao logo de seis anos – 2010 a 2015 – quando foi à última vez que a vi, percebi seu amadurecimento espiritual. Cada ano que passava ela estava diferente, menos emocional mais espiritual, aquele Ser que veio me ver nos últimos anos já não era mais a minha mãe. Ela já tinha sua consciência universal, foi mãe de muitos, esposa e marido de muitos, filho e filha.

Aquela assinatura emocional que me ligava a ela tinha sumido, era um espírito de luz que lutou muito nesses 12 anos de aprendizados e desapegos.

Confesso que isso me deixou muito triste no começo, pois eu acreditava que realmente iria reencontrar minha mãe do mesmo jeito, mas pensando bem isso seria um tremendo egoísmo da minha parte, prender a evolução natural do espírito encarnado ou desencarnado.

Tenho acompanhado várias situações semelhantes, com amigos próximos, parentes meus e das pessoas que atendo nos trabalhos.

Quando falamos de desapego, não é só de itens materiais, mas a ideias, conceitos e emoções.

Evoluir é despegar-se e seguir em frente agradecendo sempre pela oportunidade.

É como apreciar um rio, a água passa te nutre e continua seu caminho e nós aproveitamos o momento.

Portanto, para quem é muito apegado a emoções, a clarividência pode ser um baque no primeiro instante, mas depois nos acostumamos a seguir o fluxo. Aprendemos a ver as coisas como são não como gostaríamos que fosse, ou pelo que achamos que é certo.

O trabalho da mediunidade é um trabalho de imensa responsabilidade, que tem que vir com uma base moral e intelectual.

Não basta ter a capacidade de ver.  Ver não significa saber. Ver por meio da clarividência é o mesmo que ver com os olhos materiais, se você não tiver o conhecimento do que foi visto, vai passar adiante informações erradas.

Devemos sempre manter o habito de estudar.

Gratidão pela oportunidade.

O QUE ACONTECE QUANDO GUARDAMOS RESSENTIMENTOS

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Dia: 25 de AGOSTO de 2017

Horário: 19h40

Local: Reunião espírita São Paulo – SP

 

Sempre que tenho a oportunidade, gosto de relatar alguns atendimentos que faço durante as reuniões espíritas que participo. Procuro preservar o nome dos envolvidos, passando o máximo de informações que percebo pela mediunidade e conversas com o grupo.

Essa reunião ocorria de forma tranquila com seus atendimentos, quando chegou a vez de atender Vitório (nome fictício).

Vitório é um grande amigo, que está passando por algumas dificuldades.  Essa era sua primeira vez na reunião. Ele havia frequentado e trabalhado em outras reuniões que eu participava, e já era velho conhecido de todos.

Quando Vitório sentou-se na cadeira para receber o atendimento, a equipe espiritual começou mostrando-me como estava seu pulmão no corpo espiritual.

Toda vez que geramos ou recebemos uma energia se acumula primeiro no órgão etéreo, e só depois é absorvida pelo órgão do corpo físico. No campo energético do pulmão flutuavam diversos rostos em formas pensamentos gerados pelo próprio Vitório por meio de situações negativas que ele vivenciara. Eram uma diversidade de rostos bravos, raivosos que praguejavam repetidamente.

Comecei a indagar Vitório a respeito de suas magoas não só as recentes, mas também as de muito tempo atrás. Busquei através de uma rápida conversa saber sobre pessoas, que pelo seu ponto de vista, tinham o machucado ou magoado.

Ele realmente confirmou que sim existiam algumas pessoas que o deixaram bem chateado, mas que agora ele nem pensava mais, estava tudo “resolvido”.

Conforme eu ia descrevendo os rostos projetados no pulmão ele ia identificando e comentando sobre estas pessoas: Ex-sócio, pessoas do convívio mais íntimo e pessoas do antigo trabalho.

De acordo com o que ele dizia a energia ia baixando de frequência, vibrando na sintonia de mágoas e tristezas e deixando os rostos, antes mais apagados e opacos, mais definidos e raivosos.

Na mesma hora lembrei do importantíssimo trabalho que fez a escritora Louise Hay sobre a conexão entre o nosso corpo e as emoções.

Sabemos que toda emoção é energia, e essa energia gerada se espalha rapidamente pelo nosso corpo gerando reações físicas e energéticas. Acumulando-se em órgãos específicos de acordo com a natureza dos pensamentos.

Segundo a Louise Hay pulmão significa: Medo de absorver a vida, de não se achar no direito de viver plenamente.

Vitório se encontra em situação complicada no campo financeiro, após várias e frequentes perdas materiais. A grande parte dos rostos em seu pulmão estavam relacionados ao trabalho.

Não adianta nada dizermos da boca para fora que estamos bem, que perdoamos e que deixamos as mágoas irem embora. Não conseguimos mentir para o nosso corpo!

Situações difíceis e mal resolvidas nos fazem lembrar do passado. Situações e pessoas, como no caso de Vitório que a espiritualidade mostrava o padrão de pensamento:

“Se eu não tivesse feito tal escolha, ou se fulano não tivesse cometido tal atitude, hoje eu não estaria assim, por que será que tudo isso está acontecendo?”

Todas as situações que chegam a nossa vida sejam por causas das nossas atitudes ou não, são situações que temos que viver. Nosso Karma! Estes problemas podem ser de dividas de vidas passadas, escolhas do próprio espírito que reencarnou, escolhas ruins que fizemos, muitas vezes sem perceber, que acabaram prejudicando outras pessoas. Não importa o nome que você dê, aprendemos sempre. É através da educação que evoluímos e é a única coisa contínua em todos nós, desde o momento em que nascemos até o momento de nossa morte. Independentemente de qualquer opção religiosa, não devemos nos sentir mal pelo passado e sim aprender com ele. Nós normalmente tomamos a melhor decisão que nossa capacidade temporária permitia.

Conversei com Vitório, disse que daríamos um passe e que colocaríamos energia de amor para fazer a energia negativa se dissipar, mas que ele deveria fazer a parte dele, deixar as coisas irem e desapegar-se do passado doloroso. Apenas conseguimos fazer este processo adquirindo informações, através de mudanças de padrão de pensamento, para que a fonte geradora de mágoas possa gerar outras energias salutares, e em vez de enfraquecer, possa fortificar todos os órgãos.

Demos o passe, transmitindo boas vibrações aos pulmões. Encerramos a reunião com mais esse aprendizado. Uma semana depois, no dia 30, nossa incentivadora Louise Hay deixou esse plano para continuar aprender e auxiliar em uma esfera superior.

Mais uma vez muito agradecido pela oportunidade de aprender.

Gratidão!

PREPARATIVOS PARA UM DESENCARNE

(Ilustração feita pelo próprio médium)

Dia: 19 de Maio de 2015

Horário: 10h20min

Local: Hospital do Servidor Público – São Paulo – SP

 

O ano de 2015 foi bem difícil, regado de experiências de desencarne e doenças que exigiram de mim algumas atitudes e pontos de vista diferentes, mudando minha concepção sobre renovação e desapego. De certa forma, embora dolorosa, é uma oportunidade excelente para desenvolver novos conceitos e adquirir maturidade espiritual.

Há algum tempo eu acompanhava a doença do pai de uma amiga muito querida – O Sr. Oswaldo.

Ele era uma pessoa muito divertida e alegre, mas com temperamento difícil, tinha diabetes e outros problemas decorrentes dos seus 80 anos de uma vida desregrada com os cuidados com a saúde. Todo esse histórico culminou com uma doença pulmonar grave que piorou seu quadro.

Como o mesmo era evangélico e nós espiritualistas, ele não permitia que fizéssemos atendimentos espirituais. Mesmo assim, sua filha, conhecedora das doutrinas espirituais, sempre o incluía em suas preces.

Em Abril do mesmo ano a situação familiar agravou, pois a mãe dela, dona Soraia esposa do Sr. Oswaldo, que há algum tempo tinha um quadro de câncer avançado, foi internada as pressas por decorrência da doença. Poucas semanas depois o Sr. Oswaldo também fora internado no mesmo hospital. A falta da companheira em casa fez com que sua saúde piorasse. Afinal eram 60 anos juntos de convivência diária, entre farpas e afagos.

A providência divina fez com que os dois ficassem internados no mesmo andar do hospital em quartos de frente para o outro.  Embora próximos, como os dois estavam acamados, não conseguiam se ver ou se falar, e recebiam notícias um do outro por parentes.

Aconteceu que dona Soraia acabou desencarnando na primeira semana de Maio. Não estive presente no momento, mas minha amiga me contou que foi uma passagem tranquila, ela desencarnou enquanto cantava um louvor a Deus, junto a uma irmã da igreja.

Pelo fato do Sr. Oswaldo estar em estado delicado, os filhos optaram por não contar sobre o desencarne de sua tão amada companheira, a fim de que o choque não piorasse sua situação.

Mesmo sem saber de nada, a situação do Sr. Oswaldo piorara e se encaminhava para um quadro irreversível. Já semi consciente e de tanto chamar pela esposa, resolveram contar a ele que Dona Soraia havia partido.

– Onde está a Soraia?

– Pai, eu preciso te contar uma coisa… A mãe já partiu.

– Ué, ela já voltou para casa?

– Não pai, ela está com Deus agora.

– Ah, ela já foi?

Virou para o lado e dormiu. Enquanto minha amiga e familiares emocionados deixavam o quarto. Essa foi a última lembrança que carrego comigo do Sr. Oswaldo, pois a partir desse momento não o veria mais consciente.

Após alguns dias ele foi colocado em coma induzido devido a sua piora.

No dia 19 de Maio, por volta das 09h da manhã fui fazer uma visita no hospital, estava um entra e sai de parentes, uma correria. Consegui subir para o quarto por alguns minutos para ver o Sr. Oswaldo.

Enquanto subia pelo elevador senti um frio na barriga, sentindo que a hora dele chegava e iria se encontrar com a Dona Soraia. E de certa forma me perguntava, mesmo já tendo visto muita coisa, será que eu estaria pronto para ver um desencarne?

Assim que entrei no quarto em que estava Sr. Oswaldo e os dois netos, me sentei na poltrona e fiz uma prece em silêncio e me colocando a disposição de Deus e da espiritualidade para o que fosse preciso.

Foi quando pela clarividência pude perceber o que acontecia no quarto. Via o Espírito do Sr. Oswaldo deitado sobre seu corpo material inconsciente na cama. Ele estava assustado, ainda mantinha as conexões do corpo espiritual com o corpo, o quarto já estava preparado para o desencarne, tinham alguns socorristas ao fundo acompanhando o processo, mas eles não se faziam visíveis a Sr. Oswaldo.

Havia uma luz no pé da cama, não sei até hoje se essa luz é padrão no desencarne ou em função da opção religiosa de Sr. Oswaldo eles tinham montado essa imagem para facilitar sua passagem.

Fiquei acompanhando as reações do Sr. Oswaldo, por alguns minutos, sentia o medo e apreensão em deixar o corpo, talvez por ele sempre ser muito apegado às coisas materiais e ser resistente ao novo.

De repente, olhei para o lado e vi Dona Soraia de pé ao lado da cama.

Eu fiquei confuso e me perguntava como ela poderia estar ali??? Tinha desencarnado fazia uma semana devido a um câncer. Ela não deveria estar em recuperação? Como podia estar ali?

Afinal era assim que estavam em relatos e livros que eu lera anteriormente.

Analisando detalhadamente a situação percebi que não existia uma energia pertencente à Dona Soraia e nem a de um ser espiritual. A forma era dela, mas sem energia. Era um Holograma! Uma forma pensamento criada e plasmada com matéria astral pela espiritualidade para auxiliar o desencarne de Sr. Oswaldo. Ele via a esposa e ia se desprendendo da matéria de forma mais consciente.

Que maravilha poder perceber isso. Viver essa experiência era algo novo para mim!

Eu acompanhava atentamente a cena. Sr. Oswaldo apavorado esticava a mão para a esposa, mas depois voltava para o corpo, fez este movimento diversas vezes. Estava com medo da situação nova que enfrentava. Cada vez que o espírito voltava e acoplava ao corpo, o mesmo dava alguns solavancos.

Isto lembrava muito minha infância, quando meu pai estava dentro da piscina e falava para mim: Filho vem, pode mergulhar, e eu sempre receoso, ensaiava o movimento diversas vezes antes de pular efetivamente.

Nesse momento infelizmente, me chamaram, meu tempo tinha terminado e havia muitos familiares para subir.

Desci com uma tranquilidade no coração e agradecido pela grande experiência adquirida, embora não tenha visto tudo, foi muito gratificante.

Sr. Oswaldo faleceu no final do mesmo dia.

Acompanhei a jornada do Sr. Oswaldo fora do corpo por mais um ano e meio após o seu desencarne, mas essa história fica para outro texto.

Gratidão pela oportunidade.

Luz e paz para todos.