UM NOVO COMEÇO

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Dia: Em algum dia de 2008
Horário: 8h30
Local: Na minha casa – São Paulo – SP

 

Lembro-me,  como se fosse hoje, de como tudo aconteceu. Eu trabalhei por 5 anos em um terreiro. Foi uma das mais valorosas experiências que tive na vida e mantenho amigos até hoje, tanto do lado de cá como do lado de lá. Mas a necessidade de conhecimentos novos sempre me impulsionava a conhecer outros lugares.

Descobri um lugar que tinha uma clarividente. Coincidentemente ela era esposa de um amigo, logo, eu poderia conversar sem medo de ser enganado sobre minha clarividência. Tinha dúvidas se estava louco, ou se eram alucinações, coisas que  clarividentes passam e não sabem identificar no começo.

Quando cheguei a casa dela e ela já fez uma careta. A sensação de uma clarividente olhar para você e fazer careta é terrível. Passam mil coisas na sua cabeça e nenhuma delas é positiva.

Felizmente foi uma conversa muito bacana que durou horas, depois semanas, meses, anos e graças a Deus continuam até hoje. Com alguns altos e baixos, é claro, afinal somos humanos discordamos em muitos pontos de vista.

No final dessa primeira conversa ela me convidou para trabalhar com ela. Adorei e concordei de imediato! Para isso, eu deveria ler o Evangelho todo dia e pensei: puxa que chato, mas tudo bem. Faz parte. Deve ser uma semana e pronto. Perguntei por quantos dias eu deveria ler e ela respondeu:

– Vai lendo.

– OK, mas é mais de uma semana?

– Quando eu tive que ler, li por 15 anos.

Nessa hora eu quase morri. Como assim 15 anos??? Bom era isso, sem negociação. Ou eu lia ou ficava sem trabalhar lá.

Fui embora chateado, mas decidi ler por um tempo.

Acordei cedo no dia seguinte, e fui para a minha jornada, comecei a ler e vários amigos do lado de lá, começaram a reclamar. Acho que tinha uns 5 espíritos juntos ouvindo e reclamando:

– Ahh, para de ler isso.

– A gente não precisa disso para trabalhar.

– Tem que escutar essa “lenga-lenga”, mesmo?

Eu só precisava ler um pequeno trecho por dia, mas com tanta interrupção levou uma hora.

Isso se repetiu por toda a primeira semana, na segunda semana, já não vi ninguém. Na terceira semana apareceu um homem na minha frente. Era um barbudo com um capacete de metal, uma joia rosa na testa e lembrava um turco. Ele ficou olhando para mim e eu para ele, quando fui pensar em algo, ele jogou um feixe de luz em mim e foi embora.

Foi super emocionante! Eu nunca tinha visto nada igual. Estava acostumado com outros tipos de espíritos e ver esse na minha casa, abriu uma infinidade de possibilidades.  Se continuasse estudando poderia ver outros e outros de diferentes culturas. Liguei para minha amiga e contei tudo, ela me explicou que isso ficaria normal e eu deveria aprender a lidar com isso.

Claro que continuei a ler o Evangelho. Faz 7 anos e eu ainda estou lendo, e confesso que é uma experiência maravilhosa. É muito importante poder refletir sobre temas de moral, ferramentas indispensáveis para nossa reforma íntima.

Segue a imagem desse amigo barbudo que nunca mais cheguei a ver, mas que marcou o início de uma jornada, sem fronteiras para mim, que continua a me surpreender a cada dia.

 

Gratidão sempre.

 

 

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